Aumenta a oferta brasileira de produtos orgânicos

A agricultura orgânica brasileira ganha cada vez mais espaço na cadeia produtiva da atividade agrícola. Dados do setor indicam que em 2014 ela movimentou cerca de R$ 2 bilhões e a expectativa é que em 2016 este número alcance R$ 2,5 bilhões, segundo o setor. O mercado nacional de orgânicos espera crescer entre 20% e 30% no ano que vem. 

Os produtos de orgânicos agregam, em média, 30% a mais no preço quando comparado aos produtos convencionais, de acordo com analistas do setor. Segundo Jorge Ricardo de Almeida Gonçalves, da Coordenação de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a formação de preços depende especialmente do gerenciamento da unidade de produção, do canal de comercialização e da oferta e demanda dos produtos.

O Brasil conta atualmente com 11.084 produtores no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, gerenciado pelo Mapa. O banco de dados aponta, ainda, os estados que possuem os maiores números de produtores:

1º Rio Grande do Sul (1.554 produtores);

2º São Paulo (1.438 produtores);

3º Paraná (1.414 produtores) e;

4º Santa Catarina com 999 produtores cadastrados. 

A área de produção orgânica no Brasil abrange 950 mil hectares. Nela, são produzidas hortaliças, cana-de-açúcar, arroz, café, castanha do brasil, cacau, açaí, guaraná, palmito, mel, sucos, ovos e laticínios.

O Brasil exporta para mais de 76 países. Os principais produtos exportados são açúcar, mel, oleaginosas, frutas e castanhas.  

A legislação brasileira estabelece três instrumentos para garantir a qualidade dos alimentos:

1. certificação por auditoria;

2. sistemas participativos de garantia e;

3. controle social para a venda direta sem certificação.

 

A Região Nordeste, em especial o Estado do Rio Grande do Norte precisa incrementar mais a produção de alimentos orgânicos. Observa-se que há espaço para que a atividade seja rentável, pois a cada ano aumenta a procura pelos produtos orgânicos.