
As indústrias de
beneficiamento do Rio Grande do Norte precisam de mais de 60 mil toneladas de
castanha in natura para manter em atividade todas as suas
estruturas durante a maior parte do período da safra e da entressafra.
Estima-se que a produção de castanha do RN em
2014/2015 deverá atingir apenas 39 mil toneladas. Essa projeção é insuficiente
para suprir a demanda das indústrias. O ideal seria uma produção superior a 50
mil toneladas, já que vem crescendo a cada ano a demanda por amêndoas pelos
mercados interno e principalmente o externo.
Vários fatores vêm contribuindo para o fracasso das
safras de castanha no estado. Eis alguns:
- chuvas escassas e mal distribuídas;
- ventos fortes que prejudicam a floração e a
frutificação dos cajueiros;
- baixa produtividade dos cajueiros por conta da
idade avançada. Muitos foram plantados na década de 1970, precisando
urgentemente de substituição das copas;
- estagnação do plantio de novas áreas, sobretudo
com a variedade anão precoce, que pode oferecer maior produtividade;
- reduzida ação governamental nas atividades de: a)
assistência técnica; b) pesquisa e; c) tecnologia de produção;
- ausência de crédito para os agricultores
investirem nas áreas de cajueiros.
Mais de 60% da produção total de castanha do Rio
Grande do Norte são oriundos dos pequenos e médios produtores rurais.
Atualmente o mercado brasileiro está desabastecido
da matéria-prima (castanha-de-caju) por causa das frustrações das
safras dos dois últimos anos em decorrência das fortes estiagens.
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