quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Castanha-de-caju: mais uma safra prejudicada pelas estiagens!

O período de colheita da safra de caju e castanha do Rio Grande do Norte vai de setembro até a primeira quinzena de janeiro do próximo ano. Tudo indica que a produção deste ano não vai alcançar o volume considerado ideal para o setor da cajucultura potiguar. 

As indústrias de beneficiamento do Rio Grande do Norte precisam de mais de 60 mil toneladas de castanha in natura para manter em atividade todas as suas estruturas durante a maior parte do período da safra e da entressafra.

Estima-se que a produção de castanha do RN em 2014/2015 deverá atingir apenas 39 mil toneladas. Essa projeção é insuficiente para suprir a demanda das indústrias. O ideal seria uma produção superior a 50 mil toneladas, já que vem crescendo a cada ano a demanda por amêndoas pelos mercados interno e principalmente o externo.
Vários fatores vêm contribuindo para o fracasso das safras de castanha no estado. Eis alguns:
- chuvas escassas e mal distribuídas;
- ventos fortes que prejudicam a floração e a frutificação dos cajueiros;
- baixa produtividade dos cajueiros por conta da idade avançada. Muitos foram plantados na década de 1970, precisando urgentemente de substituição das copas;
- estagnação do plantio de novas áreas, sobretudo com a variedade anão precoce, que pode oferecer maior produtividade;
- reduzida ação governamental nas atividades de: a) assistência técnica; b) pesquisa e; c) tecnologia de produção;
- ausência de crédito para os agricultores investirem nas áreas de cajueiros.
Mais de 60% da produção total de castanha do Rio Grande do Norte são oriundos dos pequenos e médios produtores rurais.
Atualmente o mercado brasileiro está desabastecido da matéria-prima (castanha-de-caju) por causa das frustrações das safras dos dois últimos anos em decorrência das fortes estiagens.


Nenhum comentário:

Postar um comentário