segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Sementes geneticamente modificadas mais resistentes à seca




Por causa das excessivas estiagens verificadas nos últimos anos a Embrapa vem trabalhando em sementes geneticamente modificadas para que as lavouras resistam mais com a ausência de chuvas. A intensificação das pesquisas é para a soja, café, caju e Cana-de-açúcar. Segundo a Embrapa, nos últimos dez anos, o Brasil deixou de produzir 55 milhões de toneladas de soja somente no Paraná e no Rio Grande do Sul, por falta de água. O prejuízo é calculado em cerca de US$ 27 bilhões.

- Existem trabalhos que buscam aumentar a resistência à seca de algumas espécies vegetais, bem como melhorar o aproveitamento da água, tanto na agricultura em áreas secas ou dependente de chuva, quanto na irrigada. Isso é muito importante, uma vez que o setor agrícola consome, em média, 70% da água existente - disse o pesquisador da Embrapa Semiárido Luís Henrique Bassoi.

Soja
Na soja, foi introduzido um gene que a torna mais resistente à seca. Na comparação com a soja normal, foi constatada uma alta de 13,5% de produtividade.

Café
O café, depois que seu genoma foi identificado, encontrou-se um gene que torna outros grãos mais resistentes à seca.

Cana-de-açúcar
Na Cana-de-açúcar, as plantas modificadas ainda estão sendo testadas em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira, mas as avaliações indicam que as plantas não só ficaram mais resistentes à seca como aumentou o teor de sacarose e taxa de brotação e mais resistência aos herbicidas, faltando, portanto, os testes em campo.

Caju
O clone de caju vem agradando os produtores rurais. Há três anos, a seca castigou o semiárido dizimando a cultura. O clone saiu incólume, pois mesmo em período de seca a produtividade obtida foi de 800 quilos de castanha por hectare.





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