Há três anos que a produção agropecuária do Rio Grande do Norte vem
tendo prejuízos com as perdas dos rebanhos, redução da produtividade da carne e
do leite, decréscimo na produção de mel de abelha, castanha-de-caju, cera de
carnaúba, mandioca, fruticultura, produtos hortícolas e grãos de sequeiros. A
atividade agrícola potiguar está enfrentando sérias dificuldades, geradas ora pelo
excesso de chuvas, e na maioria dos anos por causa das fortes estiagens. A sua
total recuperação vai necessitar de anos de bons invernos (chuvas) e competentes
projetos.
O Rio Grande do Norte conta com duas situações distintas de
produção agrícola. A primeira diz respeito com a fruticultura, que ocupa mais
de 50 mil hectares. Essa atividade é autossuficiente. Exerce tecnologia de
ponta, com pequenos, médios e grandes produtores qualificados que cultivam as
frutas por meio de irrigação com alto conhecimento técnico. A tendência para
este setor é de crescimento com mercado promissor. Os municípios de Baraúna,
Mossoró e o Vale do Açu são as principais regiões produtoras de frutas do
estado. Ainda dentre dessa primeira classificação, merece destaque o município
de Baraúna que serve de exemplo para os demais municípios. A área disponível
para cultivo em Baraúnas atinge mais 10 mil hectares irrigados, com produção
diversificada compreendendo mais 20 produtos voltados para exportação e mercado
interno. Além disso, o Rio Grande do Norte conta com outras áreas importantes
que são cultivadas por meio do processo de irrigação, produzindo quantidades
consideráveis de arroz, feijão e milho verde, batata, mandioca e produtos da
hortifruticultura. Não obstante todo esse potencial, a produção dos últimos
anos, da maioria desses produtos, foi reduzida pela metade.
A 2ª atividade agrícola desenvolvida no estado do Rio Grande
do Norte é praticamente de subsistência. Os principais produtos de sequeiros
cultivados são: algodão, arroz, feijão, gergelim, milho, e sorgo. O plantio, a
produtividade e a produção desses produtos estão sujeitos às condições
climáticas, que geralmente são desfavoráveis. Mesmo no ano de bom inverno
(chuvas regulares) a produção fica muita a quem da necessidade de consumo dos
norte-rio-grandenses. As áreas cultivadas com os produtos de sequeiros não
ultrapassam 150 mil hectares. A produção, mesmo em anos de chuvas regulares, ainda
é insuficiente para atender ao consumo.
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