segunda-feira, 13 de julho de 2015

Safra de grãos do RN - 2015

A seca aflige o Rio Grande do Norte desde 2012. As bacias hidrográficas potiguares estão com níveis abaixo de 30% das suas capacidades. O comportamento do período chuvoso em 2015 para o desenvolvimento da atividade agrícola no Estado foi desfavorável. Nos primeiros seis meses do ano, a média das chuvas nos principais municípios produtores de grãos foi de 400 milímetro (mm), sendo que a média histórica é de 700 mm. Houve retardamento do início da fase chuvosa - geralmente começa em janeiro/fevereiro.
As chuvas acumuladas de janeiro a junho foram escassas, mal distribuídas e com ocorrência de fortes estiagens, resultando em seca. As precipitações verificadas durante o período de janeiro até a primeira quinzena de março foram reduzidas, com índices pluviométricos irregulares e abaixo da média. Foram observadas ocorrência de boas chuvas somente a partir da 2ª quinzena de março até alguns períodos do mês abril. Foi nessa época que os agricultores intensificaram os plantios dos grãos, com expectativa de precipitações mais favoráveis. Como isso não aconteceu, a produção deste ano das culturas de sequeiros ficou abaixo das safras anteriores.
A safra de grãos do Rio Grande do Norte está praticamente concluída - 100% plantada em todo o estado e 95% colhida. Falta apenas concluir a colheita na Região Agreste e Litoral Leste Potiguar, já que o ciclo de plantio e colheita nessas regiões são diferentes das demais - Oeste e Central Potiguar. As informações colhidas nas principais regiões produtoras do Estado com o objetivo de levantar dados sobre a confirmação do plantio, produtividade e sobretudo das perdas ocorridas por conta das estiagens, foram suficientes para quantificar efetivamente a produção da safra de algodão, arroz, feijão, milho e sorgo. O levantamento feito pela Conab teve como principais informantes os produtores rurais, representantes de associações, cooperativas, secretarias municipais de agricultura, sindicatos rurais, Emater, IBGE, engenheiros agrônomos e demais órgãos locais e regionais afins.
Tradicionalmente, a temporada de chuvas no Rio Grande do Norte acontece nas seguintes mesorregiões e épocas: 1) Oeste e Central: as chuvas ocorrem com maior intensidade entre fevereiro e maio; 2) Agreste e Litoral Leste: as maiores chuvas acontecem entre fevereiro e julho. Para 2015, as previsões climáticas dos meteorologistas indicavam inverno normal e abaixo da média histórica, com distribuição irregular das chuvas nos meses de abril e maio para o Rio Grande do Norte. Em parte esse diagnóstico não se concretizou. O volume de chuva previsto para o período não foi suficiente para recuperar por completo os principais reservatórios d’água do Estado e nem assegurar as lavouras durante os seus principais estágios. Pelos dados fornecidos pela Empresa de Pesquisa Agropecuário do RN - Emparn, podemos verificar que o volume de chuvas acumuladas durante o período de 01 de janeiro a 26 de junho de 2015 foi insuficiente. Ao analisar as chuvas acumuladas nos 167 municípios existentes no RN verificamos que 80,2% dos municípios predominaram como secos e muito secos e apenas dois municípios tiveram chuvas normais e nenhum na categoria de chuvoso.
 

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