quarta-feira, 4 de junho de 2014

A agricultura do Rio Grande do Norte continua na inércia!

A produção de todos os grãos de sequeiros (algodão em caroço, arroz, feijão, milho e sorgo) do Rio Grande do Norte corresponde a 0,06% em relação ao total produzido no país. Essa oferta é pouco significativa para atender à demanda de consumo desses produtos pelos norte-rio-grandenses.

No momento, a agricultura do Rio Grande do Norte, sobretudo a de sequeiro, passa por um dos seus piores períodos. Secas continuadas em 2012 e 2013 e com precipitações abaixo da média em 2014. Por conta disso, a produção que normalmente é pequena, ficou ainda mais longe de atender o abastecimento interno do estado.  

Além das sucessivas estiagens, o que é normal na maioria dos estados nordestinos, o produtor rural potiguar vem contando com apoio limitado da assistência técnica e da pesquisa governamental. A ausência dessas atividades reflete substancialmente na redução da produtividade das lavouras. 
Por isso, o RN cultiva alimentos (sequeiros) com reduzidas escalas de produção, mantendo-se, consequentemente, na atividade de subsistência.

Observa-se que os açudes - particulares ou sob a gestão do governo, continuam sem manutenção, necessitando urgentemente dos serviços de desassoreamento. Os rios estão com seus leitos comprometidos. As áreas agricultáveis localizadas nos baixios, vales dos açudes e dos rios encontram-se sem exploração dos seus potenciais. A vegetação da caatinga está sendo desbastada a cada dia, já que a fiscalização oficial é precária.

A fruticultura, tradicional atividade agrícola do Rio Grande do Norte, está migrando para os estados vizinhos que oferecem melhores condições econômicas para produzir. Outros setores também passam por dificuldades, dentre eles, destacam-se a apicultura, cajucultura, cotonicultora, extrativismo (carnaúba e sisal), bovinocultura, Caprino- ovinocultura e a piscicultura.


É evidente que a atividade agrícola até então exercida pelo Rio Grande do Norte precisa ser repensada, já que o atual modelo é economicamente inviável!

Um comentário:

  1. Parabéns pela clareza e riqueza das informações. Abraços do amigo Gerson Fernandes

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