A produção de grãos de
sequeiros como o algodão em caroço, arroz, feijão (exceto feijão verde), milho,
gergelim e sorgo do Rio Grande do Norte representa 0,06% em relação ao total
produzido no país. Essa oferta é pouco significativa para atender à demanda de
consumo desses produtos pelos norte-rio-grandenses.
No momento, a agricultura
do Rio Grande do Norte, sobretudo a de sequeiro, passa por um dos seus piores
períodos, com secas continuadas nos anos de 2012 a 2014. Por conta disso, a
produção que normalmente é pequena, ficou longe de atender o abastecimento
interno do estado. Para suprir esse déficit, o RN importa de outros estados quase
100% dos produtos de sequeiros.
Além dessas sucessivas
estiagens, o que é normal na maioria dos estados nordestinos, o produtor rural
potiguar vem contando com apoio limitado da assistência técnica e extensão
rural, da pesquisa e dos programas governamentais continuados. As ausências
dessas atividades refletem substancialmente na redução da produtividade das
lavouras. São por esses motivos que os agricultores do Rio Grande do Norte
cultivam lavouras de sequeiros com reduzidas escalas de produção, mantendo a atividade
de subsistência.
A escassez de água também
é um problema que afeta diretamente a produção agropecuária. Observa-se que os
açudes, particulares ou sob a gestão do governo, continuam sem manutenção,
necessitando urgentemente dos serviços de desassoreamento. Os rios com seus
leitos comprometidos. As áreas agricultáveis localizadas nos baixios, vales dos
açudes e dos rios, sem exploração dos seus potenciais. A vegetação da caatinga
está sendo desbastada, pois é precária a fiscalização.
A fruticultura,
tradicional atividade agrícola do Rio Grande do Norte, está migrando para os
estados vizinhos por oferecerem melhores condições para produzir. Outros
setores também passam por dificuldades, dentre eles destacam-se a apicultura,
cajucultura, cotonicultora, extrativismo (carnaúba e sisal), bovinocultura, ovinocaprinocultura e a piscicultura.
É evidente que a o setor
agropecuário do Rio Grande do Norte precisa ser repensada, já que esse atual
modelo é inviável!
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