quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A deficitária agricultura de sequeiros do RN

A produção de grãos de sequeiros como o algodão em caroço, arroz, feijão (exceto feijão verde), milho, gergelim e sorgo do Rio Grande do Norte representa 0,06% em relação ao total produzido no país. Essa oferta é pouco significativa para atender à demanda de consumo desses produtos pelos norte-rio-grandenses.

No momento, a agricultura do Rio Grande do Norte, sobretudo a de sequeiro, passa por um dos seus piores períodos, com secas continuadas nos anos de 2012 a 2014. Por conta disso, a produção que normalmente é pequena, ficou longe de atender o abastecimento interno do estado. Para suprir esse déficit, o RN importa de outros estados quase 100% dos produtos de sequeiros.   

Além dessas sucessivas estiagens, o que é normal na maioria dos estados nordestinos, o produtor rural potiguar vem contando com apoio limitado da assistência técnica e extensão rural, da pesquisa e dos programas governamentais continuados. As ausências dessas atividades refletem substancialmente na redução da produtividade das lavouras. São por esses motivos que os agricultores do Rio Grande do Norte cultivam lavouras de sequeiros com reduzidas escalas de produção, mantendo a atividade de subsistência.

A escassez de água também é um problema que afeta diretamente a produção agropecuária. Observa-se que os açudes, particulares ou sob a gestão do governo, continuam sem manutenção, necessitando urgentemente dos serviços de desassoreamento. Os rios com seus leitos comprometidos. As áreas agricultáveis localizadas nos baixios, vales dos açudes e dos rios, sem exploração dos seus potenciais. A vegetação da caatinga está sendo desbastada, pois é precária a fiscalização.

A fruticultura, tradicional atividade agrícola do Rio Grande do Norte, está migrando para os estados vizinhos por oferecerem melhores condições para produzir. Outros setores também passam por dificuldades, dentre eles destacam-se a apicultura, cajucultura, cotonicultora, extrativismo (carnaúba e sisal), bovinocultura, ovinocaprinocultura e a piscicultura.

É evidente que a o setor agropecuário do Rio Grande do Norte precisa ser repensada, já que esse atual modelo é inviável!


Nenhum comentário:

Postar um comentário