segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Avança a colheita da safra de castanha de caju – temporada 2014/15

Em andamento a colheita da safra 2014/2015 de castanha-de-caju na Região Nordeste, com destaque para os principais estados produtores: Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte.

As chuvas que caíram este ano não foram suficientes para que o Nordeste voltasse a produzir em quantidades normais, já que as baixas precipitações limitaram à produção em algumas regiões. As estiagens e as consequentes reduções das safras vêm acontecendo desde 2008. Durante esses anos de baixas ofertas, o país foi obrigado a importar castanha in natura da África.

Importações brasileiras de castanha
Ano
Quantidade (t)
2008
9.467
2009
4.472
2011
43.698
2012
59.450
2013
42.176
2014*
11.741
(*) de janeiro a setembro de 2014.
Fonte: Elaboração pelo autor com base nos dados da SECEX

Nos anos de 1999 e 2000 o país também foi obrigado a importar 16.100 toneladas de castanha-de-caju in natura dos países africanos, para suprir as necessidades das indústrias brasileiras.

As avaliações feitas pelo setor da cajucultura confirmam perdas da atual safra no Piauí e Ceará. No Rio Grande do Norte a redução será em mais de 70%.

Por causa da escassez, os preços da castanha-de-caju vêm se mantendo em alta, variando entre R$ 2,40, para pagamento à vista, e R$ 2,80 por quilo para as compras a prazo. A forte demanda pelo produto também vem refletindo pelo aumento dos preços atuais.

Irrigação e anão precoce
As sucessivas secas na Região Nordeste vêm criando sérias dificuldades para o setor da cajucultura. A escassez de castanha aumenta a cada ano. O parque industrial de processamento de castanha in natura em amêndoas vem operando com ociosidade. Além disso, a produtividade dos antigos cajueiros decresce a cada ano. A solução viável para aprimorar o setor e evitar oscilações na produção, é investir no sistema produtivo com a instalação de irrigação nas principais áreas produtoras de caju dos estados e avançar no plantio de novas áreas com a variedade anão precoce, que é mais resistente à seca e oferece produtividade em até três vezes mais que o cajueiro tradicional.






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