O mercado de castanha de
caju segue aquecido. Tiveram aumentos respectivos de 24,8 % no Ceará, 29,4% no
Piauí e 80,1% no Rio Grande do Norte, os preços atuais recebidos
pelos produtores, se comparados ao mesmo período do ano passado. A corrida das
indústrias em busca do produto para recompor seus estoques tem dado suporte
para que os preços sigam firmes e se mantenham com tendência de alta.
Entre
janeiro/13 a setembro/15, os valores médios recebidos pelos produtores
ficaram acima dos mínimos, com o acumulado de 70,08%, enquanto que os Preços
Mínimos foram reajustados em 23,19%. O
incremento no valor da paridade de exportação Fob Fortaleza-CE, no mesmo
período, correspondeu a 92,16%, alcançando a cotação média R$ 3,26/kg, contra
R$ 1,97 recebido pelos produtores. Já a paridade de exportação efetiva acumulou
aumento de 153,49%, com preços médios de R$ 2,88/kg (Gráfico I).
Safras
O IBGE, em seu último relatório, divulgado no mês de
agosto deste ano, estimou para a safra de castanha de caju/2015 uma produção de
217.554 toneladas, quantidade inferior
em 5,45% ao prognóstico constante no relatório do mês anterior, que previa uma
colheita de 230.093 toneladas.
Quando se compara com o volume efetivamente produzido
na safra passada, a estimativa de aumento é na ordem de 102,4% (Tabela 1 e
Gráfico II). Como pode ser observado, aquele Instituto está fazendo mês a mês a
revisão dos números e somente em
janeiro/2016 será divulgado o quantitativo efetivamente colhido. O fator
climático será decisivo para que os números projetados sejam confirmados. Além
disso, o segmento já vem atravessando a muito tempo, dificuldade devido à falta de organização e
investimento para melhoria do cajueiral, visando melhorar a produtividade.
Exportações
As exportações de castanha
de caju amêndoa, efetivadas entre janeiro a setembro/15, totalizaram 8.670
toneladas, correspondendo a 71,54% do exportado no mesmo período no ano
passado, quando foram comercializadas 12.119 toneladas. Os aumentos constantes
na cotação do dólar em relação ao real têm pressionado os preços da castanha de
caju para cima, fazendo com que as exportações brasileiras percam
competitividade no mercado internacional, haja vista que os países
compradores buscam outros mercados que ofertem esse produto mais barato, de
modo que suas demandas sejam atendidas (Gráfico III).
MERCADO INTERNACIONAL
Preços
O
(Gráfico IV) demonstra que de janeiro/13 a setembro/2015, os preços
internacionais da amêndoa de castanha tiveram o seguinte comportamento:
incremento de 2,79% na Índia e 7,23% no Vietnam. Já no mês atual, em relação ao
anterior, houve deságio na Índia e no Vietnam, de 1,08% e 1,85%,
respectivamente. Tal ocorrência pode ser considerada como uma tendência, já que
as cotações atingiram patamares elevados. Acrescenta-se ainda, que há
diminuição de interesse de compra por parte dos principais importadores
europeus e chineses, devido ao menor ritmo de crescimento econômico dessas
regiões.
Por Marden Teixeirense – Técnico de Planejamento – Analista de Mercado da Conab - (61) 3312-6244 - marden.teixeirense@conab.gov.br
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