segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Conjuntura de castanha-de-caju

O mercado de castanha de caju segue aquecido. Tiveram aumentos respectivos de 24,8 % no Ceará, 29,4% no Piauí e 80,1% no Rio Grande do Norte, os preços atuais recebidos pelos produtores, se comparados ao mesmo período do ano passado. A corrida das indústrias em busca do produto para recompor seus estoques tem dado suporte para que os preços sigam firmes e se mantenham com tendência de alta.  

Entre janeiro/13 a setembro/15, os valores médios recebidos pelos produtores ficaram acima dos mínimos, com o acumulado de 70,08%, enquanto que os Preços Mínimos foram reajustados em 23,19%.  O incremento no valor da paridade de exportação Fob Fortaleza-CE, no mesmo período, correspondeu a 92,16%, alcançando a cotação média R$ 3,26/kg, contra R$ 1,97 recebido pelos produtores. Já a paridade de exportação efetiva acumulou aumento de 153,49%, com preços médios de R$ 2,88/kg (Gráfico I).
 
 

 
 Safras
O IBGE, em seu último relatório, divulgado no mês de agosto deste ano, estimou para a safra de castanha de caju/2015 uma produção de 217.554 toneladas, quantidade  inferior em 5,45% ao prognóstico constante no relatório do mês anterior, que previa uma colheita de 230.093 toneladas. 
 
Quando se compara com o volume efetivamente produzido na safra passada, a estimativa de aumento é na ordem de 102,4% (Tabela 1 e Gráfico II). Como pode ser observado, aquele Instituto está fazendo mês a mês a revisão dos números e somente em  janeiro/2016 será divulgado o quantitativo efetivamente colhido. O fator climático será decisivo para que os números projetados sejam confirmados. Além disso, o segmento já vem  atravessando a muito tempo,  dificuldade devido à falta de organização e investimento para melhoria do cajueiral, visando melhorar a produtividade.



 
 
Exportações
As exportações de castanha de caju amêndoa, efetivadas entre janeiro a setembro/15, totalizaram 8.670 toneladas, correspondendo a 71,54% do exportado no mesmo período no ano passado, quando foram comercializadas 12.119 toneladas. Os aumentos constantes na cotação do dólar em relação ao real têm pressionado os preços da castanha de caju para cima, fazendo com que as exportações brasileiras percam competitividade no mercado internacional, haja vista  que os países compradores buscam outros mercados que ofertem esse produto mais barato, de modo que suas demandas sejam atendidas (Gráfico III).
 
 

 



MERCADO INTERNACIONAL 

Preços 

O (Gráfico IV) demonstra que de janeiro/13 a setembro/2015, os preços internacionais da amêndoa de castanha tiveram o seguinte comportamento: incremento de 2,79% na Índia e 7,23% no Vietnam. Já no mês atual, em relação ao anterior, houve deságio na Índia e no Vietnam, de 1,08% e 1,85%, respectivamente. Tal ocorrência pode ser considerada como uma tendência, já que as cotações atingiram patamares elevados. Acrescenta-se ainda, que há diminuição de interesse de compra por parte dos principais importadores europeus e chineses, devido ao menor ritmo de crescimento econômico dessas regiões.








Por Marden Teixeirense – Técnico de Planejamento – Analista de Mercado da Conab - (61) 3312-6244   - marden.teixeirense@conab.gov.br





 
 




 

 

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