segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Cai a produção agrícola do RN

Há três anos que a produção agropecuária do Rio Grande do Norte vem tendo prejuízos com as perdas dos rebanhos, redução da produtividade da carne e do leite, decréscimo na produção de mel de abelha, castanha-de-caju, cera de carnaúba, mandioca, fruticultura, produtos hortícolas e grãos de sequeiros. A atividade agrícola potiguar está enfrentando sérias dificuldades, geradas ora pelo excesso de chuvas, e na maioria dos anos por causa das fortes estiagens. A sua total recuperação vai necessitar de anos de bons invernos (chuvas) e competentes projetos. 

O Rio Grande do Norte conta com duas situações distintas de produção agrícola. A primeira diz respeito com a fruticultura, que ocupa mais de 50 mil hectares. Essa atividade é autossuficiente. Exerce tecnologia de ponta, com pequenos, médios e grandes produtores qualificados que cultivam as frutas por meio de irrigação com alto conhecimento técnico. A tendência para este setor é de crescimento com mercado promissor. Os municípios de Baraúna, Mossoró e o Vale do Açu são as principais regiões produtoras de frutas do estado. Ainda dentre dessa primeira classificação, merece destaque o município de Baraúna que serve de exemplo para os demais municípios. A área disponível para cultivo em Baraúnas atinge mais 10 mil hectares irrigados, com produção diversificada compreendendo mais 20 produtos voltados para exportação e mercado interno. Além disso, o Rio Grande do Norte conta com outras áreas importantes que são cultivadas por meio do processo de irrigação, produzindo quantidades consideráveis de arroz, feijão e milho verde, batata, mandioca e produtos da hortifruticultura. Não obstante todo esse potencial, a produção dos últimos anos, da maioria desses produtos, foi reduzida pela metade.

A 2ª atividade agrícola desenvolvida no estado do Rio Grande do Norte é praticamente de subsistência. Os principais produtos de sequeiros cultivados são: algodão, arroz, feijão, gergelim, milho, e sorgo. O plantio, a produtividade e a produção desses produtos estão sujeitos às condições climáticas, que geralmente são desfavoráveis. Mesmo no ano de bom inverno (chuvas regulares) a produção fica muita a quem da necessidade de consumo dos norte-rio-grandenses. As áreas cultivadas com os produtos de sequeiros não ultrapassam 150 mil hectares. A produção, mesmo em anos de chuvas regulares, ainda é insuficiente para atender ao consumo.


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