quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A mandiocultura potiguar

Apesar das sucessivas secas no Rio Grande do Norte, a mandiocultura do Estado passa por bons momentos. Isso graças às boas chuvas verificadas nas principais regiões produtoras de mandioca – Regiões Leste, Agreste e Serra de Santana. Cresce a oferta de raiz de mandioca. Consequentemente, a produção de farinha e goma (fécula) volta a atingir quantidades suficientes para atender à demanda de consumo dos norte-rio-grandenses.

Entretanto, e por conta do aumento da oferta da raiz de mandioca e seus derivados, os preços recebidos atualmente pelos agricultores rurais e produtores de farinha encontram-se em baixa.

A maior parte dos produtores rurais que cultivam mandioca é de pequeno porte, e mais de 80% da produção vêm dos mini e pequenos agricultores (agricultura familiar). Por ser grande demandante de mão-de-obra rural, a atividade tem participação expressiva na formação da renda bruta das propriedades rurais. Apesar da importância socioeconômica que representa o setor da mandiocultura, pouca atenção tem sido dada à atividade no Estado do Rio Grande do Norte.

Estima-se que o maior consumo de mandioca no Rio Grande do Norte seja na forma de in natura e farinha. Os principais segmentos industriais da cadeia produtiva da mandioca que atuam no Rio Grande do Norte são as farinheiras (casas de farinhas), que são bastante pulverizadas, com predominância das unidades industriais de mini e pequeno porte.

Mesmo contando com esse potencial de produção, o setor da mandioca do Rio Grande do Norte precisa de investimentos na pesquisa científica e nas inovações tecnológicas, visando à busca do aumento da produtividade da cultura, que atualmente é baixa. Com isso, pode-se prospectar maior sustentabilidade econômica à atividade. A produtividade (kg por hectare plantado) da mandioca no Rio Grande do Norte ainda é muito baixa. Por causa disso, muitos produtores de raiz e de farinha de mandioca estão deixando à atividade, já que o custo de produção, em algumas épocas do ano, supera o valor do produto ofertado pelo mercado.

Este é mais um setor agrícola e industrial do Rio Grande do Norte que precisa de políticas, investimentos, ações proativas e projetos eficazes, visando evitar a falência da atividade. Lembrando que o Rio Grande do Norte produz farinha e goma de mandioca de excelente qualidade.







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