Apesar das sucessivas secas no Rio Grande do Norte, a mandiocultura do Estado
passa por bons momentos. Isso graças às boas chuvas verificadas nas principais
regiões produtoras de mandioca – Regiões Leste, Agreste e Serra de Santana. Cresce
a oferta de raiz de mandioca. Consequentemente, a produção de farinha e goma
(fécula) volta a atingir quantidades suficientes para atender à demanda de
consumo dos norte-rio-grandenses.
Entretanto, e por conta do aumento da oferta da raiz de mandioca e seus
derivados, os preços recebidos atualmente pelos agricultores rurais e produtores
de farinha encontram-se em baixa.
A maior parte dos
produtores rurais que cultivam mandioca é de pequeno porte, e mais de 80% da
produção vêm dos mini e pequenos agricultores (agricultura familiar). Por ser
grande demandante de mão-de-obra rural, a atividade tem participação expressiva
na formação da renda bruta das propriedades rurais. Apesar da importância
socioeconômica que representa o setor da mandiocultura, pouca atenção tem sido
dada à atividade no Estado do Rio Grande do Norte.
Estima-se que o maior consumo
de mandioca no Rio Grande do Norte seja na forma de in natura e farinha. Os principais segmentos industriais da cadeia
produtiva da mandioca que atuam no Rio Grande do Norte são as farinheiras
(casas de farinhas), que são bastante pulverizadas, com predominância das
unidades industriais de mini e pequeno porte.
Mesmo contando com esse
potencial de produção, o setor da mandioca do Rio Grande do Norte precisa de
investimentos na pesquisa científica e nas inovações tecnológicas, visando à
busca do aumento da produtividade da cultura, que atualmente é baixa. Com isso,
pode-se prospectar maior sustentabilidade econômica à atividade. A
produtividade (kg por hectare plantado) da mandioca no Rio Grande do Norte
ainda é muito baixa. Por causa disso, muitos produtores de raiz e de farinha de
mandioca estão deixando à atividade, já que o custo de produção, em algumas
épocas do ano, supera o valor do produto ofertado pelo mercado.
Este é mais um setor agrícola
e industrial do Rio Grande do Norte que precisa de políticas, investimentos, ações
proativas e projetos eficazes, visando evitar a falência da atividade. Lembrando
que o Rio Grande do Norte produz farinha e goma de mandioca de excelente
qualidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário