O período de colheita da
safra de caju e castanha do Rio Grande do Norte vai de setembro até a primeira
quinzena de janeiro do próximo ano. Tudo indica que a produção deste ano não vai alcançar o volume considerado ideal para o
setor da cajucultura potiguar.
As indústrias de
beneficiamento do Rio Grande do Norte precisam de mais de 60 mil toneladas de
castanha in natura para manter em atividade todas as suas
estruturas durante a maior parte do período da safra e da entressafra.
Estima-se que a produção de castanha do RN em
2014/2015 deverá atingir apenas 39 mil toneladas. Essa projeção é insuficiente
para suprir a demanda das indústrias. O ideal seria uma produção superior a 50
mil toneladas, já que vem crescendo a cada ano a demanda por amêndoas pelos
mercados interno e principalmente o externo.
Vários fatores vêm contribuindo para o fracasso das
safras de castanha no estado. Eis alguns:
- chuvas escassas e mal distribuídas;
- ventos fortes que prejudicam a floração e a
frutificação dos cajueiros;
- baixa produtividade dos cajueiros por conta da
idade avançada. Muitos foram plantados na década de 1970, precisando
urgentemente de substituição das copas;
- estagnação do plantio de novas áreas, sobretudo
com a variedade anão precoce, que pode oferecer maior produtividade;
- reduzida ação governamental nas atividades de: a)
assistência técnica; b) pesquisa e; c) tecnologia de produção;
- ausência de crédito para os agricultores
investirem nas áreas de cajueiros.
Mais de 60% da produção total de castanha do Rio
Grande do Norte são oriundos dos pequenos e médios produtores rurais.
Atualmente o mercado brasileiro está desabastecido
da matéria-prima (castanha-de-caju) por causa das frustrações das
safras dos dois últimos anos em decorrência das fortes estiagens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário