quinta-feira, 3 de julho de 2014

Deficiências da cajucultura potiguar – II

A produção e a comercialização da castanha-de-caju in natura representam uma atividade tradicional na Região Nordeste, sobretudo nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, que são os principais produtores. A atividade oferece grande potencial para a geração de renda, emprego e desenvolvimento tanto na propriedade rural quanto nas agroindústrias localizadas nas zonas urbanas.

Apesar disso, questionam-se as razões pelas quais a produção de castanha da Região Nordeste, inclusive do Rio Grande do Norte, ainda não é suficiente para atender à demanda de consumo interna e, sobretudo, a externa que continua crescente.

As questões se estendem sobre a identificação dos entraves que atingem o comportamento exercido pela cadeia para efeito do processo de comercialização da safra agrícola de castanha-de-caju, já que essa operação compõe-se de uma fase necessária para o processo produtivo da cajucultura.

Assim, para efeito de pesquisa e estudo feito pelo autor deste blog prevaleceu à opção pelo tema da cadeia produtiva do caju no estado do Rio Grande do Norte, com ênfase na comercialização da safra agrícola da castanha-de-caju in natura, já que esta etapa é de fundamental importância para o processo produtivo e sustentabilidade do setor rural da cajucultura norte-rio-grandense.

Com isso, surgiu uma pergunta de pesquisa que norteou o trabalho na busca do entendimento de como se processa a relação entre os produtores rurais de castanha-de-caju in natura, os agentes intermediários e as indústrias de beneficiamento de castanha no processo de comercialização da safra agrícola.

Nesse sentido, o estudo buscou compreender o nível de relacionamento entre esses agentes, envolvendo as áreas de produção e principalmente a de comercialização.

Além disso, a pesquisa possibilitou a identificação das razões do desinteresse de produtores em aumentar a produtividade e a qualidade do produto; a ausência de interesse do setor em organizar a atividade com foco na participação do associativismo e, por fim, apresentar o resultado da análise da margem de lucro obtida pelos exportadores na comercialização das amêndoas de castanha-de-caju (ACC), deixando de repassar preços incentivadores aos produtores de castanha-de-caju in natura.


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