A produção e a comercialização da castanha-de-caju in
natura representam uma atividade tradicional na Região Nordeste, sobretudo
nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, que são os principais
produtores. A atividade oferece grande potencial para a geração de renda,
emprego e desenvolvimento tanto na propriedade rural quanto nas agroindústrias
localizadas nas zonas urbanas.
Apesar
disso, questionam-se as razões pelas quais a produção de castanha da Região
Nordeste, inclusive do Rio Grande do Norte, ainda não é suficiente para atender
à demanda de consumo interna e, sobretudo, a externa que continua crescente.
As
questões se estendem sobre a identificação dos entraves que atingem o
comportamento exercido pela cadeia para efeito do processo de comercialização
da safra agrícola de castanha-de-caju, já que essa operação compõe-se de uma
fase necessária para o processo produtivo da cajucultura.
Assim,
para efeito de pesquisa e estudo feito pelo autor deste blog prevaleceu à opção
pelo tema da cadeia produtiva do caju no estado do Rio Grande do Norte, com
ênfase na comercialização da safra agrícola da castanha-de-caju in natura,
já que esta etapa é de fundamental importância para o processo produtivo e
sustentabilidade do setor rural da cajucultura norte-rio-grandense.
Com
isso, surgiu uma pergunta de pesquisa que norteou o trabalho na busca do
entendimento de como se processa a relação entre os produtores rurais de
castanha-de-caju in natura, os agentes intermediários e as indústrias de
beneficiamento de castanha no processo de comercialização da safra agrícola.
Nesse
sentido, o estudo buscou compreender o nível de relacionamento entre esses
agentes, envolvendo as áreas de produção e principalmente a de comercialização.
Além
disso, a pesquisa possibilitou a identificação das razões do desinteresse de
produtores em aumentar a produtividade e a qualidade do produto; a ausência de
interesse do setor em organizar a atividade com foco na participação do
associativismo e, por fim, apresentar o resultado da análise da margem de lucro
obtida pelos exportadores na comercialização das amêndoas de castanha-de-caju
(ACC), deixando de repassar preços incentivadores aos produtores de
castanha-de-caju in natura.
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