Em
andamento a colheita da safra 2014/2015 de castanha-de-caju na Região Nordeste,
com destaque para os principais estados produtores: Ceará, Piauí e Rio Grande
do Norte.
As chuvas que caíram este ano não foram suficientes
para que o Nordeste voltasse a produzir em quantidades normais, já que as
baixas precipitações limitaram à produção em algumas regiões. As estiagens e as
consequentes reduções das safras vêm acontecendo desde 2008. Durante esses anos
de baixas ofertas, o país foi obrigado a importar castanha in natura da África.
Importações brasileiras de
castanha
| 
   
Ano 
 | 
  
   
Quantidade (t) 
 | 
 
| 
   
2008 
 | 
  
   
9.467 
 | 
 
| 
   
2009 
 | 
  
   
4.472 
 | 
 
| 
   
2011 
 | 
  
   
43.698 
 | 
 
| 
   
2012 
 | 
  
   
59.450 
 | 
 
| 
   
2013 
 | 
  
   
42.176 
 | 
 
| 
   
2014* 
 | 
  
   
11.741 
 | 
 
(*) de janeiro a setembro de 2014.
Fonte: Elaboração pelo autor com base nos
dados da SECEX
Nos anos de 1999 e 2000 o país também foi obrigado a importar
16.100 toneladas de castanha-de-caju in
natura dos países africanos, para suprir as necessidades das indústrias brasileiras.
As avaliações feitas pelo setor da cajucultura confirmam
perdas da atual safra no Piauí e Ceará. No Rio Grande do Norte a redução será
em mais de 70%.
Por causa da escassez, os preços da castanha-de-caju vêm
se mantendo em alta, variando entre R$ 2,40, para pagamento à vista, e R$ 2,80 por
quilo para as compras a prazo. A forte demanda pelo produto também vem refletindo
pelo aumento dos preços atuais.
Irrigação e anão precoce
As sucessivas secas na Região Nordeste vêm criando
sérias dificuldades para o setor da cajucultura. A escassez de castanha aumenta
a cada ano. O parque industrial de processamento de castanha in natura em amêndoas vem operando com ociosidade.
Além disso, a produtividade dos antigos cajueiros decresce a cada ano. A
solução viável para aprimorar o setor e evitar oscilações na produção, é investir
no sistema produtivo com a instalação de irrigação nas principais áreas
produtoras de caju dos estados e avançar no plantio de novas áreas com a
variedade anão precoce, que é mais resistente
à seca e oferece produtividade em até três vezes mais que o cajueiro
tradicional.
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