terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cera de carnaúba: continua a procura pelo mercado externo

A Região Nordeste é beneficiada por contar com um tipo de palmeira - a carnaubeira, que além da sua importância para o equilíbrio ecológico, tem se tornado, há anos, fonte de geração de emprego e renda, com elevado fator social devido ao grande volume de mão de obra utilizado, sobretudo, nos período de entressafra das tradicionais lavouras. A carnaubeira é nativa do semiárido e tem vida longa dada a sua resistência natural. As maiores áreas estão localizadas nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte. Esses estados são os que mais exploram a atividade.

 Entretanto, por conta da incidência do desmatamento descontrolado, as áreas dos carnaubais nativos estão desaparecendo. Vêm perdendo espaço para o plantio de áreas irrigadas como a fruticultura, para o cultivo de camarões e para as cerâmicas que utilizam a madeira da carnaúba para aquecer o forno na fabricação de tijolos e telhas. Das palhas cortadas das carnaubeiras se extrai o pó cerífero que é a matéria-prima para fabricação da cera de carnaúba.


O País ainda não se deu conta da importância da carnaúba. O Brasil é o único país do mundo que produz a cera de carnaúba. Mais de 80% da produção desse nobre produto são exportados para o Japão, EUA e Europa. Isso mostra o quanto a cera de carnaúba é importante para esses países e o continente europeu. A demanda externa continua em expansão. Não obstante, a estrutura de produção de cera de carnaúba ainda tem como base o sistema de arredamento das terras e a operacionalização com predominância do extrativismo.

O desempenho das exportações brasileiras durante o período de 2008 a 2012 pode ser visto pelo gráfico a seguir. No período estudado, destaca-se o ano de 2010 com o volume exportado de 17.661 toneladas.

 



















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