domingo, 13 de julho de 2014

Os obstáculos da agricultura potiguar

O estado do Rio Grande do Norte possui destacado potencial na área de recursos naturais, vocações econômicas e desenvolvimento agrícola, sobretudo na atividade da fruticultura irrigada. Conta com solos profundos e próprios para o cultivo de frutas, com destaque para o melão. Possui, ainda, aptidão para a pecuária, carcinicultura, piscicultura, apicultura e para o cultivo de inúmeros outros produtos regionais, dentre eles, sobressai a cajucultura.

Não obstante, o Rio Grande do Norte que concentra mais de 90% do seu território dentro da região semiárida, passa, sistematicamente, por situações climáticas desfavoráveis, com baixos índices pluviométricos. As fortes estiagens verificadas nos últimos três anos foram responsáveis pelo desabastecimento de alimentos produzidos regionalmente. Essa situação é responsável pela absorção dos tradicionais problemas econômicos e sociais nas regiões rurais norte-rio-grandenses.

No Rio Grande do Norte predomina a agricultura familiar, principalmente no cultivo dos produtos de sequeiros, com destaque para arroz, feijão, milho, sorgo e mandioca. Por conta das limitações das chuvas, essas culturas recebem influencia de forma negativa para o seu desenvolvimento, não permitindo que as lavouras alcancem índices aceitáveis de produtividade que possa viabilizar ao produtor rural remuneração compatível ao custo de produção.

Essa posição é responsável pelo déficit anual de produção, sobretudo dos grãos em mais de 90%, exigindo que o Rio Grande do Norte importe, anualmente, expressivas quantidades de alimentos básicos para suprir a demanda de consumo.

Nas três últimas safras, o Rio Grande do Norte passou a conviver com uma conjuntura desagradável, diante de uma situação climática totalmente desfavorável. As precipitações pluviométricas atingiram índices baixíssimos, refletindo significativamente na redução da safra das culturas de subsistência, principalmente o feijão e o milho.

Por conta disso, o modelo atual da atividade agrícola do Rio Grande do Norte precisa ser revisto. Os mecanismos financeiros e operacionais de amparo ao setor agrícola existem. Falta adequá-los!


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