O estado do Rio Grande do Norte possui destacado potencial na área de
recursos naturais, vocações econômicas e desenvolvimento agrícola, sobretudo na
atividade da fruticultura irrigada. Conta com solos profundos e próprios para o
cultivo de frutas, com destaque para o melão. Possui, ainda, aptidão para a
pecuária, carcinicultura, piscicultura, apicultura e para o cultivo de inúmeros
outros produtos regionais, dentre eles, sobressai a cajucultura.
Não obstante, o Rio Grande do Norte que concentra mais de 90% do seu
território dentro da região semiárida, passa, sistematicamente, por situações
climáticas desfavoráveis, com baixos índices pluviométricos. As fortes
estiagens verificadas nos últimos três anos foram responsáveis pelo
desabastecimento de alimentos produzidos regionalmente. Essa situação é
responsável pela absorção dos tradicionais problemas econômicos e sociais nas
regiões rurais norte-rio-grandenses.
No Rio Grande do Norte predomina a agricultura familiar, principalmente
no cultivo dos produtos de sequeiros, com destaque para arroz, feijão, milho,
sorgo e mandioca. Por conta das limitações das chuvas, essas culturas recebem
influencia de forma negativa para o seu desenvolvimento, não permitindo que as
lavouras alcancem índices aceitáveis de produtividade que possa viabilizar ao
produtor rural remuneração compatível ao custo de produção.
Essa posição é responsável pelo déficit anual de produção, sobretudo dos
grãos em mais de 90%, exigindo que o Rio Grande do Norte importe, anualmente,
expressivas quantidades de alimentos básicos para suprir a demanda de consumo.
Nas três últimas safras, o Rio Grande do Norte passou a conviver com uma
conjuntura desagradável, diante de uma situação climática totalmente
desfavorável. As precipitações pluviométricas atingiram índices baixíssimos,
refletindo significativamente na redução da safra das culturas de subsistência,
principalmente o feijão e o milho.
Por conta disso, o modelo atual da atividade agrícola do Rio Grande do
Norte precisa ser revisto. Os mecanismos financeiros e operacionais de amparo ao setor agrícola existem.
Falta adequá-los!
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