O Viet Nam é o maior
produtor mundial de castanha-de-caju. Responde por 28,7% do total produzido em
todo o mundo. Em segundo e terceiro lugares vem à Nigéria e a Índia,
respectivamente. O Brasil que ocupou o 5º lugar em 2011, retrocedeu para o 10º
lugar em 2012. Isso foi devido às estiagens ocorridas nos principais estados
produtores. Por conta disso, a produção mundial em 2012 foi 3,7% menor que a do
ano anterior, conforme mostram os Quadros a seguir.
Produção
mundial de castanha-de-caju – safra 2011
Ordem
|
País
|
SAFRA
2011
|
|
Toneladas
|
Part.%
|
||
1
|
Viet Nam
|
1.237.300
|
28,7
|
2
|
Nigéria
|
835.000
|
19,4
|
3
|
Índia
|
674.600
|
15,7
|
4
|
C.Marfim
|
393.000
|
9,1
|
5
|
Brazil
|
230.785
|
5,4
|
6
|
Benin
|
162.986
|
3,8
|
7
|
Philippines
|
133.388
|
3,1
|
8
|
G.Bissau
|
128.684
|
3,0
|
9
|
Tanzânia
|
122.274
|
2,8
|
10
|
Indonésia
|
114.600
|
2,7
|
9
|
Outros
|
277.410
|
6,4
|
Fonte: FAO
Produção mundial de
castanha-de-caju – safra 2012
Ordem
|
País
|
SAFRA
2012
|
Var.%
11/12
|
|||||||
Toneladas
|
Part.%
|
|||||||||
1
|
Viet Nam
|
1.190.900
|
28,7
|
-3,8
|
||||||
2
|
Nigéria
|
836.500
|
20,1
|
0,2
|
||||||
3
|
Índia
|
680.000
|
16,4
|
0,8
|
||||||
4
|
C. Marfim
|
450.000
|
10,8
|
14,5
|
||||||
5
|
Benin
|
170.000
|
4,1
|
4,3
|
||||||
6
|
Philippines
|
132.541
|
3,2
|
-0,6
|
||||||
7
|
G.Bissau
|
130.000
|
3,1
|
1,0
|
||||||
8
|
Tanzânia
|
122.274
|
2,9
|
0,0
|
||||||
9
|
Indonésia
|
117.400
|
2,8
|
2,4
|
||||||
10
|
Brasil
|
80.630
|
1,9
|
-65,1
|
||||||
9
|
Outros
|
242.070
|
5,8
|
-12,7
|
||||||
Total
Mundial
|
Safra
2011: 4.310.027
|
Total
Mundial
|
Safra
2012:
4.152.315
|
-3,7
|
||||||
Fonte: FAO
A
temporada 2010/2011 foi uma das melhores dos últimos anos para a cajucultura brasileira.
As condições climáticas foram favoráveis. Nessa safra, o país produziu 230.785
toneladas de castanha-de-caju in natura.
O Rio Grande do Norte produziu 54.252 toneladas. Mesmo contando com maior
oferta do produto, os preços foram remuneradores para os produtores rurais e
consequentemente rentáveis para toda a cadeia produtiva.
A produção brasileira de
castanha referente à safra de 2012/2013 foi 67% menor em relação ao período
anterior. A do Rio Grande do Norte a redução foi 66,8% no mesmo período. Isso,
por causa da seca que atingiu praticamente toda a região semiárida. Por conta da
escassez da matéria-prima, muitas fábricas de beneficiamento foram fechadas e
as grandes indústrias foram obrigadas a importar castanhas in naturas dos países africanos.
Comparativo
da produção de castanha-de-caju – em toneladas
Ano/Safra
|
Produção Brasil
|
Variação (%)
|
Produção RN
|
Variação (%)
|
2011
|
230.785
|
-
|
54.252
|
-
|
2012
|
76.054
|
(67,0)
|
18.003
|
(66,8)
|
2013
|
138.474
|
82,1
|
28.109
|
56,1
|
O
Quadro a seguir mostra a evolução das importações feitas pelo Brasil durante o
período de 1999 a 2013. Demostra, ainda, que as maiores importações da
matéria-prima (castanha-de-caju in natura)
se deram nos anos de 2011, 2012 e 2013. Tal fato ocorreu devido
a forte estiagem verificada em toda Região Nordeste nos três últimos anos,
notadamente nos principais Estados produtores como Ceará, Piauí e Rio Grande do
Norte.
Castanha-de-caju
|
||
Importações Brasileiras
|
||
ANO
|
Quant.
|
Valor
|
(t)
|
US$1000FOB
|
|
1999
|
9.655
|
8.248
|
2000
|
6.445
|
4.933
|
2001
|
0
|
0
|
2002
|
0
|
0
|
2003
|
1
|
10
|
2004
|
1
|
6
|
2005
|
0
|
0
|
2006
|
0
|
0
|
2007
|
0
|
0
|
2008
|
9.467
|
6.898
|
2009
|
4.472
|
3.040
|
2010
|
0
|
0
|
2011
|
43.698
|
57.393
|
2012
|
59.450
|
58.023
|
2013
|
42.176
|
29.446
|
Fonte: SECEX
|
|
|
|
|
|
São otimistas as perspectivas do
setor da cajucultura brasileira com relação à safra deste ano (2014/2015). Até
então, as condições climáticas vem contribuindo para a concretização desse
otimismo. Entretanto, como o inicio da colheita da safra brasileira começa a
partir de agosto, se estendendo até janeiro do próximo ano, é prudente aguardar
outros fatores que influenciam no desenvolvimento dos cajueiros.
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